GRADUANDA E EGRESSO DO CURSO DE TVE DO IFSP SÃO ROQUE PARTICIPAM DE CONGRESSO DE VITICULTURA NA GRÉCIA
Luísa Tannure e Lucas Amaral participaram do 21º Giesco,
congresso internacional que foi sediado em Tessalônica, na Grécia, em junho.
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Luísa Tannure e Lucas Amaral, durante visita a vinhedo na Grécia |
O Giesco é um dos principais eventos
mundiais do setor de vitivinicultura, com o propósito de discutir os principais
dilemas do setor. Na 21ª edição do evento, realizada este ano, o tema foi “Uma
visão multidisciplinar acerca da viticultura sustentável”, debate que vem
ganhando cada vez mais espaço diante dos desafios climáticos que se impõem aos
produtores de uva e vinho. Cada vez mais, eles têm buscado meios de tornar a viticultura
uma cultura mais sustentável e coadunada com as questões ambientais.
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Luísa em frente ao painel de apresentação dos trabalhos |
Conforme Luísa Tannure, aluna
do sexto período do curso de Tecnologia em Viticultura e Enologia (TVE) do
campus São Roque do Instituto Federal de São Paulo (IFSP), que esteve presente
no evento que ocorreu na cidade de Tessalônica, na Grécia, entre 23 e 28 de
junho, o objetivo do congresso é promover a produção de uva, tanto no âmbito
regional como internacional, para desenvolver novas técnicas e inovar o plantio
da fruta em um futuro com mudanças climáticas.
O congresso acontece a cada
dois anos e é considerado um dos eventos científicos mais importantes
relacionados à vitivinicultura. Luísa esteve lá com o Lucas Amaral, egresso da
turma de 2017 do curso de TVE, e que hoje é mestrando em Ciência dos Alimentos na
Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (USP) e
pesquisador associado do FoRC (centro de pesquisas em alimentos) da mesma
universidade.
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Lucas levou seu projeto de pesquisa ao evento |
Lucas apresentou seu projeto de pesquisa no evento, no qual
estuda a composição volátil de vinhos produzidos com a uva Syrah, em São Paulo,
com inversão de ciclo. “A participação no congresso foi importante para mostrar
os resultados obtidos no projeto, mostrando uma tecnologia, a dupla poda, que
ainda é desconhecia para alguns produtores e pesquisadores no mundo. Além
disso, também foi importante discutir os resultados com outros pesquisadores
que conhecem a tecnologia ou que trabalham com a mesma uva na Índia, França e
Austrália”, contou.
Os
participantes do congresso puderam visitar diferentes regiões produtoras de
vinho no norte da Grécia, como Naoussa, onde predomina o plantio da variedade
tinta autóctone Xinomavro; Amyndeon, onde puderam encontrar videiras
centenárias ainda produtivas; Kavala-Pangeon, local em que predominam as
variedades brancas, como Sauvignon Blanc e Assyrtiko; e também Drama, onde a
maior parte dos vinhedos são compostos de Cabernet Sauvignon, Merlot e Syrah, mas também cultivares
autóctones tintas como Agiorgitiko.
Para Luísa, que também
foi bolsista do laboratório de vinificação do IFSP, a experiência foi enriquecedora.
“Foi muito enriquecedor conhecer as vinícolas e os vinhedos, alguns com
sistemas de condução pouco usados no Brasil, e que até então nunca os tinha
visto. Também gostei muito de apresentar o projeto porque ajudei nas
vinificações quando era bolsista.”
Na
opinião de Lucas, o congresso contribuiu para mostrar-lhe novos caminhos em seu
mestrado e, quem sabe, até um futuro doutorado. “Ver as apresentações orais foi
interessante para conhecer, diretamente com os autores de projetos, o que está
sendo pesquisado hoje em dia. Foi uma honra poder participar deste evento com
os maiores nomes das áreas de Viticultura e Enologia.
Luísa
complementou: “Gostei de conhecer os pesquisadores que já usei inúmeras vezes
como referências para meus trabalhos. Todos foram gentis e nos trataram muito
bem. Também foi interessante encontrar mais brasileiros, como a pesquisadora do
IAC (Instituto Agronômico de Campinas), Mara Fernandes Moura, e o professor da
UNIPAMPA – campus Don Pedrito, Juan Saavedra del Aguila.”
Colaboração de Luísa Tannure.
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