quarta-feira, 10 de julho de 2019




GRADUANDA E EGRESSO DO CURSO DE TVE DO IFSP SÃO ROQUE PARTICIPAM DE CONGRESSO DE VITICULTURA NA GRÉCIA

Luísa Tannure e Lucas Amaral participaram do 21º Giesco, congresso internacional que foi sediado em Tessalônica, na Grécia, em junho.


Luísa Tannure e Lucas Amaral, durante visita a vinhedo na Grécia 

O Giesco é um dos principais eventos mundiais do setor de vitivinicultura, com o propósito de discutir os principais dilemas do setor. Na 21ª edição do evento, realizada este ano, o tema foi “Uma visão multidisciplinar acerca da viticultura sustentável”, debate que vem ganhando cada vez mais espaço diante dos desafios climáticos que se impõem aos produtores de uva e vinho. Cada vez mais, eles têm buscado meios de tornar a viticultura uma cultura mais sustentável e coadunada com as questões ambientais.  

Luísa em frente ao painel de apresentação dos trabalhos
Conforme Luísa Tannure, aluna do sexto período do curso de Tecnologia em Viticultura e Enologia (TVE) do campus São Roque do Instituto Federal de São Paulo (IFSP), que esteve presente no evento que ocorreu na cidade de Tessalônica, na Grécia, entre 23 e 28 de junho, o objetivo do congresso é promover a produção de uva, tanto no âmbito regional como internacional, para desenvolver novas técnicas e inovar o plantio da fruta em um futuro com mudanças climáticas.

O congresso acontece a cada dois anos e é considerado um dos eventos científicos mais importantes relacionados à vitivinicultura. Luísa esteve lá com o Lucas Amaral, egresso da turma de 2017 do curso de TVE, e que hoje é mestrando em Ciência dos Alimentos na Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (USP) e pesquisador associado do FoRC (centro de pesquisas em alimentos) da mesma universidade.

Lucas levou seu projeto de pesquisa ao evento
Lucas apresentou seu projeto de pesquisa no evento, no qual estuda a composição volátil de vinhos produzidos com a uva Syrah, em São Paulo, com inversão de ciclo. “A participação no congresso foi importante para mostrar os resultados obtidos no projeto, mostrando uma tecnologia, a dupla poda, que ainda é desconhecia para alguns produtores e pesquisadores no mundo. Além disso, também foi importante discutir os resultados com outros pesquisadores que conhecem a tecnologia ou que trabalham com a mesma uva na Índia, França e Austrália”, contou.

Os participantes do congresso puderam visitar diferentes regiões produtoras de vinho no norte da Grécia, como Naoussa, onde predomina o plantio da variedade tinta autóctone Xinomavro; Amyndeon, onde puderam encontrar videiras centenárias ainda produtivas; Kavala-Pangeon, local em que predominam as variedades brancas, como Sauvignon Blanc e Assyrtiko; e também Drama, onde a maior parte dos vinhedos são compostos de Cabernet Sauvignon, Merlot e Syrah, mas também cultivares autóctones tintas como Agiorgitiko.

Para Luísa, que também foi bolsista do laboratório de vinificação do IFSP, a experiência foi enriquecedora. “Foi muito enriquecedor conhecer as vinícolas e os vinhedos, alguns com sistemas de condução pouco usados no Brasil, e que até então nunca os tinha visto. Também gostei muito de apresentar o projeto porque ajudei nas vinificações quando era bolsista.”

Na opinião de Lucas, o congresso contribuiu para mostrar-lhe novos caminhos em seu mestrado e, quem sabe, até um futuro doutorado. “Ver as apresentações orais foi interessante para conhecer, diretamente com os autores de projetos, o que está sendo pesquisado hoje em dia. Foi uma honra poder participar deste evento com os maiores nomes das áreas de Viticultura e Enologia.

Luísa complementou: “Gostei de conhecer os pesquisadores que já usei inúmeras vezes como referências para meus trabalhos. Todos foram gentis e nos trataram muito bem. Também foi interessante encontrar mais brasileiros, como a pesquisadora do IAC (Instituto Agronômico de Campinas), Mara Fernandes Moura, e o professor da UNIPAMPA – campus Don Pedrito, Juan Saavedra del Aguila.”


Colaboração de Luísa Tannure.

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